Pandemia e Visão Sistêmica
Como alguém que se coloca a serviço, o corona vírus, mesmo invisível, pede visibilidade. Conforme olhamos para ele em seus efeitos, olhamos para onde ele olha, o que ele toca, o que ele revela. Neste fenômeno já não cabe a estreita visão de maldição, ou pagar por algum erro, mas aprendizado para um futuro diferente.
Nossa limitada visão está se acostumando, bem devagar, no ritmo da alma, a perceber que atua em nós mais do que o desejo fracionado de nossa personalidade, estamos todos ligados!
A humanidade segue seu destino, a vida no planeta flui para todos e com o toque de cada um. Estamos desafiados como coletivo e como individualidade a incorporar uma nova visão da vida.
Temos observado com a ajuda das Constelações Sistêmicas, que atuam em nós regras silenciosas e avassaladoras, essas regras trabalham a favor da fluência da vida.
Neste grande coletivo chamado humanidade, todos temos um lugar próprio. Cada povo, cada etnia, cada raça cada cultura compõe o todo humanidade, simples, o todo não seria este todo se você não fizesse parte dele. Você exatamente como você é, e ele e ela, exatamente como são.
A lei sistêmica do pertencimento exige inclusão sem distinção.
A vida segue em frente com a sucessão de gerações, a vivência do mais velho reverenciada pelo mais novo lhe dá força para seguir olhando na direção da vida para construir o novo.
Queridos ancestrais, sigo com vocês em meu coração, todas as pedras que vocês quebraram tornaram meu caminho possível e preparo o caminho para quem vem depois.
Precisamos nos reinventar, atentos ao legado de quem veio antes, nos abrir para novas possibilidades.
Precedência, a segunda lei sistêmica, respeita a fluência natural da vida: Morre quem contribuiu primeiro, fica quem naturalmente gesta o novo porvir.
A terceira lei fecha com simplicidade a contribuição das constelações para a humanidade. Equilíbrio entre o dar e o tomar.
Enquanto nos responsabilizamos pela gestão integral de nossa casa, a comida que comemos, a limpeza de nosso banheiro, administramos o fluxo do dinheiro que vai circular nos próximos meses, cuidamos da dignidade de nossos idosos, fácil perceber o que perdemos na rotina de confinamento...
O que disponibilizo para o outro, ele retorna com seu expertise. Mas, o que ofereço e o que tomo está em equilíbrio?
Não vamos “combater” o Covid 19, mas abrir passagem para ele, tomando o tempo necessário para que ele tenha um lugar entre nós. Quem sabe este tempo seja suficiente para integrarmos a visão sistêmica! Para nos aprontarmos e fazer o novo!
Benção meu pai, benção minha mãe. Eu os abençoo meus filhos.