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9 DICAS PARA CUIDAR DA SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE CRISE


Neste momento de quarentena podemos vivenciar mais intensamente e presente o medo, solidão e sensação de isolamento. Mas, também vivenciamos esses sentimentos em outros cenários como quando mudamos de cidade ou começamos em um novo emprego. Esse é um convite para dar passos em direção à tranquilidade, confiança, bem estar construindo o equilíbrio da saúde mental. Confira abaixo as dicas de como mudar esse estado:

1. Não consuma informação em excesso

No começo, eu queria todas as informações possíveis. Eu queria ter acesso a tudo o que se sabia sobre esse novo vírus e fui consumindo, consumindo, consumindo tudo o que chegava até mim. Mas eu não era a única e em poucos dias, começou a chegar muitas informações e eu fui me intoxicando. É difícil colocar um limite, dá a impressão de que não estarmos conectadas a tudo o que se sabe, todos os dados e novas informações, nos colocará mais em risco. Parece que podemos perder informações fundamentais. A verdade é que nós já sabemos o primordial. Pelo menos, a grande maioria de nós já tem informações sobre: Qual a recomendação da OMS, o que é o Covid 19, quais os sintoma, quando ir para o hospital e quais os cuidados necessários.

ISSO É TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER:


  • Fique em casa

  • Em caso de sintomas de gripe, fique em casa

  • Em caso de falta de ar, vá ao hospital

  • Cuide da sua imunidade

Ainda temos alguns meses com informações que podem nos alarmar. Infelizmente NINGUÉM vai nos poupar ou colocar um limite, esse limite precisa vir de nós. Perceba como você se sente cada vez que vê notícias sobre o covid19, perceba como sua respiração muda, como seu pensamento acontece. É importante não ficar conectado o tempo todo, o quanto de conteúdo que será consumido depende de você. Ler notícias uma vez ao dia? Uma vez a cada 3 dias? Uma vez na semana? Não ler mais nada? Pedir para seus familiares te repassar somente o que for fundamental? Não tenha medo de colocar os seus limites!

2. Você não precisa ser uma fortaleza

Nós, mulheres, já sentimos normalmente que precisamos dar conta de tudo. Ainda estamos aprendendo a equilibrar o nosso tempo e disponibilidade em relação ao trabalho, aos filhos, ao relacionamento e a nós mesmas. Sabe aquela sensação de que nós precisamos ser forte? Ser forte, quer dizer não ficar brava, não deixar que a raiva venha, não entrar em contato com a tristeza. Não é como se as emoções e sentimentos não estivessem acontecendo, vem de um distanciamento deles para que possamos continuar sem parar. Você já deve ter ouvidos tantas mulheres dizer “Se eu não fizer, quem vai fazer?” Nesse cenário, é comum que isso fique ainda mais intenso. Estar fechado dentro de casa com quem a gente ama e vivenciar os seus medos e angustias, pode nos fazer sentir que alguém precisa ser forte. E se o outro está fragilizado, só sobra você para cumprir esse papel. Mas não precisa ser dessa forma, nessa situação, você pode aprender muito sobre essas dinâmicas da relação afetiva ou sobre você mesma e construir novas formas de se relacionar. Para as mães, pode ser bastante desafiador saber como lidar com as crianças. Como explicar para os pequenos que ninguém pode sair? Como explicar o motivo de não ir para a escola e a creche sem assustar? O que as crianças precisam de fato saber sobre o atual cenário? E, como lidar com os seus medos e inseguranças sem traumatizar as crianças? Para isso, é muito importante manter uma rede com outros adultos, construindo um ambiente no qual você pode falar sobre como se sente. Um lugar, no qual, você sinta que não precisa ser forte. Esse lugar pode ser uma conversa simples por whatsapp ou uma conversa por Skype, Zoom, Hangout. Finalizo esse post com o convite de refletir: Por que entrar em contato com a raiva, o medo e a insegurança faria de nós pessoas fracas?

3. Como o auto cuidado pode me ajudar?

Autocuidado vem, primeiro, de entrar em contato com você mesma. É sobre se conectar com como você se sente, ouvir as suas necessidades, se conhecer cada vez mais seja em processo terapêutico, vivências e rituais ou apenas colocando sua atenção a como você se sente.

Pode ser importante entender como foi que você chegou onde está, sabe? O que aconteceu que te fez se sentir dessa forma? Qual foi o gatilho? Como você lida quando se sente com medo? É diferente de como você lida quando está com a raiva?

E, depois disso, buscar formas de suportar o que se sente.

Não há uma receita. Não há uma resposta universal.

E isso pode dar um pouco mais de trabalho. Quando digo autocuidado, pode ser desde cuidados com a pele até um escalda pés.

Não tem certo ou errado.

Para descobrir, é importante ir testando.

Dizendo tudo isso, sei também que isso não é valorizado socialmente. Quem tem tempo de sobra para fazer um escalda pés?

PRECISA SER UMA ESCOLHA.

E vejo esse momento que estamos vivendo como uma oportunidade incrível incluir uma rotina de autocuidado na agenda.

Se sentindo mais ansioso ou deprimido, talvez você olhe com mais atenção para a importância desse cuidado. Então, se faz uma oportunidade! Não é sobre tirar o dia inteiro para isso, 20 minutos pode ser o suficiente.

Talvez o desafio esteja exatamente em como vemos o autocuidado e não em aplicar de forma prática na agenda.

4. Mantenha um ambiente limpo e organizado

Um dia sem lavar a louça, dois, três. A louça já está imensa e você ainda precisa cozinhar com mais frequência.

A opção de ambientes para passar tantas horas já é bem resumida: a sala, o quarto e o escritório é lucro!

Muitas vezes você só tem um ambiente para permanecer.

Quando a gente não fica tanto tempo em um só lugar fica mais fácil de lidar com a nossa bagunça.

Mas é um cenário diferente! Deixar a casa limpa e arrumada, além da importância da higiene pode ajudar na sua disposição física!

É importante também considerar que estamos entrando no Outono e talvez seja mais desafiador manter essa disposição física permanecendo em casa tanto tempo sentado e deitado.

Você pode estabelecer uma rotina especial para esse momento, por exemplo, lavar a louça sempre após terminar a refeição; cozinhar para mais dias ao invés de precisar cozinhar todos os dias.

Cuide desse ambiente físico! Mantenha organizado, mantenha agradável e arejado.

Perceba como o nosso cuidado com a nossa casa muda de acordo com o nosso humor mais ansioso e deprimido. Fazer o movimento contrário, isso quer dizer, cuidar da casa buscando esse bem estar, pode ser benéfico também.

5. Tenha uma rotina


Tenho certeza que a maioria de nós já mudou a rotina pessoal que tinha com a quarentena.

Pode ser acordando mais tarde, indo dormir mais tarde, não fazendo exercício físico, pedindo mais comida no aplicativo, abrindo mão de momentos só para si, trabalhando no final de semana.

Estar em quarentena pode mudar completamente a nossa relação com o tempo, frequentemente preciso parar para pensar que dia da semana que estamos.

Como não estamos saindo de casa e alguns compromissos que ajudavam nessa organização do tempo foram adiados, a gente perde mesmo a noção.

Mas a rotina tem uma ligação importantíssima com a saúde mental, com o nos sentir seguros e manter uma rotina saudável em relação a sono, higiene e alimentação.

É natural que a rotina desse período seja bastante diferente da sua rotina normal.

Entenda quais são as suas demandas de agora, escolha quanto tempo você quer dedicar para cada coisa, se organize na rotina do dia e da semana.

Não há uma rotina certa mas, é importante que o seu sono, alimentação, consumo de água e higiene sejam regrados.

Há pequenas coisas que podem fazer muita diferença como, por exemplo, estipular para você mesma que todos os dias você irá colocar uma roupa que usaria para trabalhar ao invés de passar o dia inteiro de pijama.


6. Não trabalhe excessivamente


Trabalhar home office para quem não está acostumado é muito diferente de trabalhar presencialmente. Não há ninguém para te colocar um limite. Você precisa saber a hora de ir embora, levantar da cadeira, fechar o notebook e fazer outra coisa.

Esse limite fica mais claro quando se trabalha presencial, depois que deu determinado horário, você vai para casa.

É importante essa construção do momento que você começa a trabalhar e quando você para.

Há também um cenário diferente para quem é autônomo que por se sentir mais ansioso e estressado, pode trabalhar em excesso. Nos dois contextos, é importante estipular um período de trabalho e ser fiel a ele.

7. Se conecte com outras pessoas

Quando estamos livres para sair de casa, naturalmente a gente encontra com outras pessoas. Encontramos com quem mora no nosso condomínio, encontramos com pessoas na rua, no ônibus ou com o uber.

Há também as pessoas do trabalho e os amigos que encontramos para conversar e comer alguma coisa.

Durante a quarentena fica bastante restrito o convívio com outras pessoas. A tendência é nos relacionarmos só com quem a gente mora.

Ainda que não possa encontrar essas pessoas pessoalmente, você pode usar sua criatividade para estar com elas.

Você pode marcar reunião em grupo com o seu grupo do trabalho, com as suas amigas ou a família.

Há alguns aplicativos que até determinado número de pessoas e até determinado tempo estão oferecendo serviço gratuito para esse momento especial.Alguns deles são: Skype, Zoom, Hangout.

Já pensou em marcar um jantar em família?


8. Converse com quem te faz bem


Estar em quarentena é estar em contato mais intenso ainda com quem moramos.

Esse contato intenso não faz sempre bem pra gente.

As vezes, as pessoas que compartilhamos a casa tem sido tóxicas para nós e esse contato intenso pode influenciar diretamente na nossa saúde mental.

Busque se conectar com outras pessoas que te ajudem a estar bem, que sejam positivas, que propiciem conversas sobre outras coisas.

E caso não seja o caso de ser alguém tóxico mas um estranhamento entre você e seus filhos ou parceirxs, vocês podem conversar sobre os desafios desse novo cenário e buscar uma forma de se relacionar que funcione.

Talvez estar mais atento em respeitar o espaço do outro já seja o suficiente para uma convivência mais harmônica.

9. Peça ajuda quando necessário

Você começou a se sentir ansiosa? A respiração está mais curta? Uma angustia no peito? Seu sono começa a oscilar? Pode ser episódios de insonia ou um aumento considerável nas horas de sono.

Você começa a duvidar que vai dar conta?

Busque ajuda.Talvez você esteja se sentindo bem e confiante por enquanto e com o passar dos dias, não vai se sentir mais tão bem.

Não exite em buscar ajuda.Não é porque você não pode sair de casa que precisa passar por isso sozinha.

Há vários profissionais da área da saúde mental como psicólogos oferecendo atendimento gratuito ou com preços especiais.

Há também algumas práticas que podem ajudar nesse acompanhamento como aulas de Yoga Gratuitas! Tenho feito aulas de Yoga gratuitas por aplicativos que disponibilizaram as aulas sem custo algum exatamente por conta da pandemia.

É esperado que em fases desafiadoras, a gente oscile e não esteja todos os dias bem. Pode ser um convite para um medo que já existia dentro de nós. Ou, então, abrir a porta para medos que a gente não conhecia antes.

Você não precisa abrir a porta sozinha.

É importante olhar para como você se sente e não ignorar. Mas o acompanhamento profissional pode fazer toda diferença!


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